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Aqui você encontrará muitas respostas para muitas dúvidas sobre a Umbanda, pois infelizmente, encontramos vários charlatões que se intitulam umbandistas por aí, fazendo com que as pessoas tenham uma visão totalmente errônea sobre a nossa querida Umbanda. Esperamos que esta página contenha o que procuras!

As oferendas

       Muitas pessoas (principalmente sacerdotes), dizem que os espíritos e os Orixás comem as oferendas. Isso nada mais é do que uma forma de falar, uma gíria, digamos assim, pois os espíritos não sentem fome, pois não possuem mais corpo material. Tudo no universo precisa de equilíbrio para existir, esse equilíbrio se faz com a existência de duas partes em algo, uma parte positiva e outra negativa, pois nada é totalmente ruim e nem totalmente bom. Os alimentos, como tudo que possui vida no universo, são feitos de energias, algumas delas conhecidas pelos espíritos encarnados e outras não. Por isso, são feitas as oferendas, para que a entidade que as estiver recebendo as absorvam através da deterioração do alimento e, não pela ingestão como alguns pouco esclarecidos pensam. Essas oferendas são usadas para o alívio e cura das pessoas, sendo que para o mal, é usada a mesma fórmula, só que se absorve a energia negativa neste caso. 
            Todos os seres vivos que habitam o universo, possuem uma energia vital, que muitos a chamam de aura. Essa energia, quando afetada, pode trazer diversos males ao corpo físico, pois a mesma pode ser enfraquecida ou até mesmo carregada de energias negativas, podendo causar até a morte da pessoa doente, pois, tratamentos médicos para males do espírito são completamente inúteis, pois se não for feito um tratamento espiritual adequado imediato, como dito anteriormente, pode haver a desencarnação do doente. As oferendas feitas às entidades têm o propósito de fazer com que as mesmas renovem a aura do doente, restabelecendo assim, a sua saúde física, mental e espiritual.

Os Obags

   Obags são os ministros do rei Xangô. É uma criação africana para conservar os hábitos do rei Xangô, quando este dominou em vida Oyó. A primeira vez que se teve notícia deste ritual no Brasil, foi na Bahia, no Candomblé do Engenho Velho, na chefia de Mãe Aninha. 
Os Obags são  pessoas que colaboram de maneira considerável para um terreiro ou pela religião (Umbanda ou Candomblé), desta forma, eles são sagrados Obags, Ministros de Xangô, que é uma posição de bastante destaque dentro da religião. Os Obags são doze, seis sentados à direita e seis sentados a esquerda de uma mesa quadrada, com o Babalorixá sentado na cabeceira. Os Obags que se sentam à direita são: Abiodum, Ônikôyi, Aressá, Ônaxôkum, Ôbá Telá e Olugbam. Os Obags que se sentam à esquerda são: Arê Otum, Oninikôyi, Ôtum Anaxokum, Okô, Kaká N’ló e Ossi Onikôyi. A sagração dos Obags é feita pelo próprio Orixá Xangô, que lhes entrega o seu oxé (machado duplo, que é o fetiche de Xangô) aos escolhidos. Em outros casos, toca-se e canta-se para Xangô, enquanto o Babalorixá eleva o oxé de Xangô, o candidato a Obag é trago a frente do oxé carregado em um alá por quatro filhos, e diz em público o nome da pessoa, e o que esta pessoa tem feito pelo terreiro e pela religião. Depois o disso feito, o Babalorixá pega um pouquinho de água da quartinha de Xangô, onde encontra-se o seu axé, e derrama um pouco sobre a cabeça do candidato, depois disso feito, canta-se três cantigas para Xangô, e depois, o agora Obag, é levado para o meio do abaçá, agora sem o alá, e é dito pelo Babalorixá mais ou menos o seguinte: Com a proteção de Oxalá e a permissão de Xangô, é sagrado como ministro de Xangô, que recebe o nome de Abiodum, o primeiro da direita, o nosso irmão (fulano), que passará a gozar do privilégio de poder tocar nos axés de Xangô, e terá a sua disposição para tarefas referentes ao terreiro ou a religião, e será respeitado por todos os filhos deste terreiro, sendo que a partir de hoje, todos os filhos do terreiro estão obrigados a lhe tomar a benção, e a lhe chamar pelo nome de Abiodum. Os Obags, costumam usar um terno branco com uma gravata borboleta branca, e se sentam em uma cadeira de braços do lado direito do terreiro, próximo do chefe do terreiro. Quando o conselho estiver completo, sentarão seis a direita e seis a esquerda, de uma mesa quadrada ou retangular, e o chefe do terreiro na cabeceira, para serem tratados assuntos administrativos do terreiro. 
            Nota: Deve-se notar que é muito raro este cargo em terreiros de Umbanda. 

Iniciação na Umbanda

Cruzamento ou Encruzamento


 

            Em primeiro lugar, deve-se despachar Exu. Depois o filho de fé, deve tomar um banho de asseio, e depois é feito um sacudimento e um banho de Ebó (também podendo se dizer Abó) com as ervas do Olóri e do Eledá do filho de fé. Logo após, o filho deve se despir de suas roupas, e colocar uma roupa branca, de preferencia virgem e, se possível, lavada com água e sal grosso. Agora o filho deve se colocar de joelhos em quanto o Pai Pequeno (Babaquequerê) ou Mãe pequena (Iaquequerê), seguram um pires branco com uma pemba branca com a mão direita, e com a mão esquerda, um adjá que deve ser sacudido continuamente; e o filho de fé, uma vela de cera branca na mão direita, enquanto se canta para o Olóri e para o Eledá do filho de fé. Enquanto isso, o Pai-de-Santo (Babalorixá) ou Mãe-de-Santo (Ialorixá), faz uma súplica a Olorum, a Oxalá e para todos os Orixás para o bem do filho de fé, colocando a mão direita sobre a cabeça do filho de fé. Logo após a suplica, procede-se o Encruzamento da seguinte forma: o Babalorixá pega a pemba branca e faz 7 cruzes no corpo do iniciado, sendo que, uma na testa, uma em cada ombro, uma em cada palma de mão e uma em cada sola de pé, dando o total de 7 cruzes. Após esse ritual, o iniciado deve ficar de repouso na camarinha, por um período de aproximadamente 7:00hs, sendo que isto pode variar um pouco, para mais ou para menos, dependendo muito do Babalorixá e do ilê.


Comidas Ritualísticas

 Nesta parte, demonstrarei algumas das comidas ritualísticas servidas aos Orixás e Guias da Umbanda. Lembrando que, estas comidas são muito gostosas, e podem ser consumidas pelas pessoas. Lembrando também que, nas festas aos Orixás, estas mesmas comidas são servidas ao povo presente, com algumas pequenas modificações em alguns casos. 
  
 

           Sarapatel: Afervente os miúdos do porco, corte-os em pedaços pequenos e tempere com louro, alho, coentro, pimenta, cebola ralada etc. Após isso feito, coloque os miúdos em um molho feito com vinagre e tomates. Afervente o sangue do porco até endurecer, depois de duro, esfarele-o e misture aos miúdos e, cozinhe tudo junto. 
 

            Xinxim de galinha: Cozinhe a galinha com os miúdos em um pouco de água com sal, camarão ralado, salsa, cebola ralada e pimenta do reino. Depois que a galinha estiver cozida, misture mais ou menos uma xícara de azeite de dendê. 
 

            Deburu: Pipoca de dendê estourada na areia. Mas, pode-se estourá-la normalmente em uma panela. 
 

           Acaçá: Pegue milho pilado sem casca, coloque-o em água fria até que inche. Depois, limpe-o e o escorra em água fria. Rale ou moa o mesmo. Tempere com um pouco de sal e alho, e, cozinhe até chegar ao ponto de se fazerem bolinhos; depois, enrole os bolinhos em folhas bem novas e verdes de bananeira. 
 

            Axoxó: Pegue milho pilado sem casca, coloque-o em água fria até que inche. Depois, limpe-o e o escorra em água fria. Rale ou moa o mesmo. Cozinhe até chegar ao ponto (como se fosse um curau ou angu); depois, cubra com mel e fatias de coco.
 

           Axoxô: Papa de milho (angu), e peixe assado cheio de farofa de dendê. 
Farofa de dendê: Farinha de mandioca, dendê e tempero dos Orixás; sendo que se pode colocar os axés do animal, isso, dependendo do Orixá. 
 

            Vatapá: Pegue a flor de arroz e tempere-a com castanha de caju, amendoim, coentro, hortelã, salsa, pimenta malagueta, pimenta do reino, gengibre, sal, alho e cebola ralada, tudo ralado e moído. Cozinhe um peixe com a cabeça, somente na água. Rale um camarão e misture-o no azeite de dendê, coloque para cozinhar junto com o peixe; quando o peixe estiver fervendo, coloque leite de coco e deixe cozinhar até o ponto (mais ou menos como se fosse um angu). Pode-se aproveitar o caldo e fazer um purê. 
 

            Moqueca de peixe: Pegue um peixe, de preferência seco; deixe-o de molho por algumas horas em um pouco de água, coentro, hortelã, pimenta, cebola ralada, salsa, tomate, sal e um pouco de alho. Depois, leve o peixe ao fogo em um pouco de água até que cozinhe, depois, coloque azeite de dendê e deixe que cozinhe por mais um tempo. 
 

           Curau de milho: Ralar o milho, pilá-lo e cozinha-lo no leite ou água; depois, adoçar com um pouquinho de mel e colocar um pouco de canela ralada e um pouquinho mais de coco ralado por cima. 
 

           Acarajé: Coloque feijão fradinho ou branco, de molho na água até inchar. Depois, moa-o e tempere-o com camarão seco ralado, cebola ralada, sal, hortelã, pimenta e salsa. Depois bata a massa e deixe-a descansar por uns vinte minutos. Depois é só fazer os bolinhos e fritá-los no azeite de dendê. 
 

            Caruru: Cabeça de peixe e quiabos. Temperar com camarão seco ralado, cebola ralada, coentro, pimenta, salsa e sal. Depois, cozinhe em um pouco de água, quando estiver no ponto, coloque azeite de dendê e deixe cozinhar por mais uns dois minutos. 
 

           Aussá: Cozinhe o arroz em água e sal até dar liga. Depois, frite carne seca gorda (pode ser de maçã de peito), cortada em pequenos pedaços, depois de frita, coloca-se cebola roxa, e deixa-se que frite um pouquinho só. Depois, jogue a gordura da carne seca no arroz para temperá-lo, e depois, coloque a carne seca com a cebola em cima do arroz, podendo misturar um pouco se quiser. 
 

           Efó: Escaldar folhas de taioba, língua de vaca, serralha e oropronóbs, e depois, passar todas as folhas na maquina de moer. Cozinhe em água. Quando cozido, junte leite de coco, camarão ralado, dendê, amendoim ralado, castanha de caju, gengibre, cebola ralada, alho e sal. Depois, deixe cozinhar mais um pouco. 
 

            Oguede: Descasque bananas e corte-as em comprido; depois, deixe-as secar ao sol. Depois de secas, deve-se pila-las (socar no pilão), e logo depois, passá-las na peneira. Pode-se comer esta farinha com queijo (de preferencia de cabra) cru. Também se pode fritar o queijo e a farinha (oguede) na manteiga. 
 

           Cuscuz: Pegue fubá, junte queijo ralado e em pedacinhos, açúcar, uma pitadinha de sal, e depois junte leite aos poucos, até que fique no ponto. Coloque enrolado em um pano na cuscuzeira sem apertar muito, e cozinhe em banho maria. 
 

           Cuscuz de tapioca: O mesmo cuscuz, só que feito com farinha de mandioca ao invés de fubá. 
 

           Omalá: Cozinha-se a rabada de boi na água, temperada com urucum (para dar cor), salsa, coentro, camarão ralado, cebola ralada, pimenta do reino, sal e um pouquinho de dendê. Depois de cozida a rabada, coloca-se mais dendê e quiabos inteiros e deixa-se que cozinhe os quiabos. Os quiabos, não devem se desmanchar. 
 

            Feijoada: Cozinhar feijão preto com miúdos e pedaços de porco; depois, temperar com pimenta do reino, pimenta vermelha, salsa, sal, dendê, coentro, cebola e alho. 
 

           Umulucu: Pega-se feijão fradinho ou branco, descasca-o e cozinha-o na água. Tempere com azeite de dendê, camarão seco, salsa, coentro, sal (para os Orixás que são Balés, em muitos terreiros, não se usa o sal, pois é o símbolo da vida, e, os Orixás Balés são ligados a Iku/morte), alho e cebola ralada. Depois de cozido faça uma massa, e depois, serve-se em forma de purê ou bolinhos. 
 

           Umulucu de Ixu (inhame): É quase a mesma coisa do Umulucu comum, só que é feito com inhame. Pega-se o inhame com casca e cozinha-o na água ou dendê, quando estiver pronto, descasca-se os inhames e faze-se uma massa. Tempere com dendê, camarão seco, pimenta do reino, salsa, coentro, sal, alho e cebola ralada. Depois, serve-se em forma de purê ou bolinhos. 
 

           Manjá do Orum (céu/alem): Pega-se maizena, leite, e, faze-se um mingau com um pouco de açúcar. 
 

            Abunã: Umulucu feito com ovos de tartaruga cozidos inteiros e servidos no próprio casco da tartaruga, coberto com folhas de bananeira. 
 

            Mungunzá: Canjica branca temperada com camarão seco ralado, salsa, pimenta do reino, sal, alho, cebola ralada e coentro. A canjica deve ser cozida quase sem caldo. 
 

           Molho dos Orixás ou, tempero dos Orixás: Colocar no azeite de dendê: pimenta do reino, cebola ralada, camarão seco ralado, salsa, coentro, pimenta vermelha amassada, alho amassado, cebolinha e sal. Este tempero pode ser usado como uma espécie de molho nos acarajés, por exemplo. 
  
 

            Nota importante sobre o sal: É um elemento de grande poder e pureza; é ligado a vida e a purificação, por isso, não se coloca sal nos alimentos ritualísticos de Nanã e Oxalá em muitos terreiros, pois são muito ligados a Iku, a morte. 

Hierarquia da Umbanda

Existem muitas formas de hierarquia dentro da Umbanda, mas, todas seguem um padrão parecido. Demonstrarei a seguir, algumas das formas mais usadas. 
           Primeira 
           Abiã (noviço ou noviça): É a pessoa que começa a freqüentar o terreiro como assistente (fiel), e em muitos casos, com a intenção de se ingressar na religião. São aquelas pessoas que freqüentam regularmente as cerimônias sem que sejam iniciadas, ou seja, freqüentam como assistentes. São os fieis da Umbanda, e não os iniciados. 
            Cambono (a) (o grande ajudante anônimo do terreiro): É quem tem todas as obrigações modestas do terreiro, é o grande trabalhador anônimo. Lembrando que o Cambono, ainda não é um iniciado, ou seja, não é feito no santo, é simplesmente um ajudante. 
           Yaô (filho ou filha de santo): Pessoa que se inicia na religião. É o verdadeiro filho ou filha de santo. É quem poderá cuidar do terreiro um dia ou fundar o seu próprio. 
Iabacê (cozinheira de santo): É a encarregada de preparar as comidas ritualísticas da Umbanda e do Candomblé. É uma Yaô com uma função de prestígio. Sendo que, esse nível, é muito pouco usado na Umbanda, pois as oferendas de Umbanda, são feitas de maneiras bem mais simples do que no Candomblé, na maioria dos casos. 
            Iatabexê (solista): É a pessoa que tem como função, cantar para todas as Entidades durante o xirê (cerimônia) junto com os Ogãs Alabês. 
            Dagã: Filha mais velha em obrigações no terreiro. É que tem a função de despachar Exu antes do culto. 
           Ebâmi ou Ebamí: Filho de santo mais velho em obrigações; é quem tem a função de despachar Exu. 
            Nota: Ebâmi ou Ebami e Dagã, são o mesmo nível, o nome muda apenas devido à diferença de sexo. 
           Ogã Alabê: É o responsável pelo toque dos atabaques, pelas cantigas e pelo pé de dança, ou seja, são os Alabês que ensinam os Yaôs a dançar. 
           Ogã Axogum: É quem tem o poder da mão de faca, ou seja, é quem tem autorização perante o chefe do terreiro e dos Orixás para realizar qualquer matança (sacrifício de animais). 
            Nota importante sobre os Ogãs: É importante notar que, os Ogãs Alabês e os Ogãs Axoguns, não incorporam, são feitos diretamente nesses níveis a pedido dos Orixás, e, não por vontade própria. É importante também notar que, tanto os Axoguns quanto os Alabês são Ogãs de igual forma. É importante salientar aqui que, os Ogãs são responsáveis pela organização e divulgação do terreiro, junto ao chefe do mesmo. 
           Iaquequerê (mãe pequena): Substituta da (o) chefe do terreiro. 
           Babaquequerê (Pai pequeno): Substituto do (a) chefe do terreiro. 
           Ialorixá (Mãe de santo): Maior autoridade feminina dentro da Umbanda. 
           Babalorixá (Pai de santo): Autoridade máxima na Umbanda. O Babalorixá, exerce as funções de Babalaô (mão de jogo ou mão de Ifá), Babalossaim (mão das folhas ou mão de Ofá) e Babaogê ou Babaogé (sacerdote de Egum). Após 21 anos de feitura, o Babalorixá, passa a ser chamado de Babalaô em muitos terreiros, apenas para demonstrar a sua experiência, pois já é conhecedor do Ifá, e é o tempo (14 anos) que o sacerdote tem, para se tornar um profundo conhecedor de teologia negra. 
           Babalaô (é o Pai de Santo, após 21 anos de feitura): Após 21 anos de feitura, o Babalorixá, passa a ser chamado de Babalaô. É onde é demonstrado o conhecimento bem mais aprofundado do sacerdote, pois este mesmo, após o recebimento do Deká, deverá se entregar totalmente a religião e a teologia negra. Lembrando que este nível, não é usado em todos os terreiros de Umbanda, e, são poucos os que usam. 
           Segunda 
           Abiã (noviço ou noviça): É a pessoa que começa a freqüentar o terreiro como assistente (fiel), e em muitos casos, com a intenção de se ingressar na religião. São aquelas pessoas que freqüentam regularmente as cerimônias sem que sejam iniciadas, ou seja, freqüentam como assistentes. São os fieis da Umbanda, e não os iniciados. 
            Cambono (a) (o grande ajudante anônimo do terreiro): É quem tem todas as obrigações modestas do terreiro, é o grande trabalhador anônimo. Lembrando que o Cambono, ainda não é um iniciado, ou seja, não é feito no santo, é simplesmente um ajudante. 
           Yaô (filho ou filha de santo): Pessoa que se inicia na religião. É o verdadeiro filho ou filha de santo. É quem poderá cuidar do terreiro um dia ou fundar o seu próprio. Sendo que, quando quem carrega o cargo de Yaô for uma mulher, ela pode, em muitos casos, receber a função de Iabacê (Cozinheira de Santo). 
            Axogum: Sacrificador de animais. 
           Alabê: Puxador das cantigas. 
           Ogã: São os tocadores, os responsáveis pelos atabaques e pela divulgação do terreiro. 
           Babaquequerê (Pai Pequeno) e Yaquequerê (Mãe pequena): Zelam pelos assentamentos e ajudam a transmitir os ensinamentos aos abiãs e Yaôs. 
            Ebâmi: Após sete anos de aprendizado como Yaô, o iniciado é levantado a ebâmi, isso é, poderá receber o Deká. É um Yaô com todas as obrigações completas. 
            Babalorixá: Pai de Santo. 
           Yalorixá: Mãe de Santo. 
            Babalaô: Após vinte e um anos de sacerdócio, o Babalorixá recebe este titulo, pois a Yalorixá, é o cargo mais elevado das mulheres. 
            Terceira 
            Abiã (noviço ou noviça): É a pessoa que começa a freqüentar o terreiro como assistente (fiel), e em muitos casos, com a intenção de se ingressar na religião. São aquelas pessoas que freqüentam regularmente as cerimônias sem que sejam iniciadas, ou seja, freqüentam como assistentes. São os fieis da Umbanda, e não os iniciados. 
           Cambono (a) (o grande ajudante anônimo do terreiro): É quem tem todas as obrigações modestas do terreiro, é o grande trabalhador anônimo. Lembrando que o Cambono, ainda não é um iniciado, ou seja, não é feito no santo, é simplesmente um ajudante. 
           Yaô (filho ou filha de santo): Pessoa que se inicia na religião. É o verdadeiro filho ou filha de santo. É quem poderá cuidar do terreiro um dia ou fundar o seu próprio. Sendo que, quando quem carrega o cargo de Yaô for uma mulher, ela pode, em muitos casos, receber a função de Iabacê (Cozinheira de Santo). 
           Ogã Alabê: É o responsável pelo toque dos atabaques, pelas cantigas e pelo pé de dança, ou seja, são os Alabês que ensinam os Yaôs a dançar. 
            Ogã Axogum: É quem tem o poder da mão de faca, ou seja, é quem tem autorização perante o chefe do terreiro e dos Orixás para realizar qualquer matança (sacrifício de animais). 
           Nota importante sobre os Ogãs: É importante notar que, os Ogãs Alabês e os Ogãs Axoguns, não incorporam, são feitos diretamente nesses níveis a pedido dos Orixás, e, não por vontade própria. É importante também notar que, tanto os Axoguns quanto os Alabês são Ogãs de igual forma. É importante salientar aqui que, os Ogãs são responsáveis pela organização e divulgação do terreiro, junto ao chefe do mesmo. 
           Babaquequerê (Pai Pequeno) e Yaquequerê (Mãe pequena): Zelam pelos assentamentos e ajudam a transmitir os ensinamentos aos abiãs e Yaôs. 
           Yalorixá (Mãe de Santo):Autoridade máxima feminina. 
            Babalorixá (Pai de Santo): Também chamado de Babá, é a maior autoridade dentro da Umbanda. Ele exerce as funções de Babalossaim (sacerdote das folhas) e do Babalaô (sacerdote de Ifá), dentre várias outras atividades.

Outros cargos, só que mais usados no Candomblé e, em certas nações

            Cota (noviça): Nome dado a uma mulher que entra no terreiro com a intenção de se ingressar na religião. Geralmente a sua primeira obrigação, é ajudar a Iabacê ou a Ialorixá em pequenas tarefas. É como se fosse o Abiã, mas só as mulheres são chamadas de Cota, pelo menos até onde consegui pesquisar. 
            Jibonã: É a primeira pessoa (mulher) antes da chefe do terreiro  (Ialorixá). Em alguns terreiros, essa graduação não existe, pois ela nada mais é, do que uma Iaquequerê vista com melhores olhos pela chefe do terreiro perante as outras substitutas. Nunca ouvi e nem vi este nível em nenhum terreiro de Umbanda para ser sincero. Este nível é mais usado no Candomblé (em algumas nações). 
            Iyalaxé: Mulher que tem como obrigação, cuidar dos fetiches dos Orixás; é ela quem os prepara. Em muitos terreiros essa graduação não existe. Para ser sincero, nunca vi esse nível em terreiros de Umbanda e, pouco se sabe sobre esse nível, até mesmo em terreiros de Candomblé. 
            Apetebi: Mulher filha de Oxum. Em muitos terreiros, é a única mulher que pode jogar os búzios. É muito raro se ver terreiros de Umbanda que usem este nível, porem nos terreiros de Candomblé, é muito comum, em algumas nações. 
            Babalaô: É quem faz o jogo de búzios, obís e demais adivinhações. Porém o Babalorixá, exerce esta função dentro da Umbanda. Sendo que na África, em algumas nações, e no Candomblé, ele tem maior poder que o próprio Babalorixá, sendo que quando o Babalorixá quer fazer um Yaô, ele recorre ao Babalaô para saber o Olóri e o Eledá do iniciado. O Babalaô, é o Babalorixá após vinte e um anos de feitura  em muitos terreiros de Umbanda. É um tempo para estudos. Na África, a pessoa é preparada para ser Babalaô dês de criança, em uma vida repleta de sacrifícios e restrições. 
            Babalossaim: Homem responsável pela a colheita das ervas sagradas e pela preparação de remédios naturais a base de plantas. Também é um nível que não existe na Umbanda, existindo apenas em alguns Candomblés. Na África, este nível é de grande sacrifício, impedindo o sacerdote até de comer carne pelo resto da vida. 
            Babaogê ou Babaogé: Sacerdote de Egum. É o responsável pelo culto aos antepassados no Candomblé. Lembrando que esse nome pode variar. 
            Nota: Lembrando que os nomes, podem mudar de acordo com a nação do Candomblé, mas, exercem a mesma função, havendo, algumas vezes, pequenas diferenças devido a forma de culto de cada nação. 


Lista de linhas de trabalho da Umbanda


Este assunto é controverso na Umbanda. Todavia, em na sua manifestação mais popular têm-se a seguinte definição: Os Falangeiros são os representantes dos Orixás, e, em muitos casos, a essência dos próprios Orixas manifestada nos médiuns, pois sua força é a emanação pura dos Orixás (ou como alguns dizem: são a vibração virginal dos Orixás). Sendo assim, eles podem incorporar nos médiuns, em seus “cavalos”, e mostram sua presença e sua força em nome de um Orixá. Porém, são frágeis (o médium pode perder sua sintonia muito facilmente) e exigem muito dos médiuns, não podendo permanecer por muito tempo em Terra. Podemos utilizar como exemplos de falangeiros.

OS falangeiros se agrupam em linhas que podem variar de número. Geralmente entre 7 e 9 linhas. Algumas concepções delas apontam:

  • Linha de Oxalá;
  • Linha de Yemanjá;
  • Linha de Oxossi;
  • Linha de Xangô;
  • Linha de Ogum;
  • Linha de Obaluayê;
  • Linha das Almas.

Outras linhas, são:

  • Linha de Yorimá (que guarda correspondência com Obaluaiê,sendo a linha dos pretos-velhos);
  • Linha de Yori(também chamado de Ibeji);
  • Linha do Oriente;
  • Linha do Povo d'água.

Existem outras linhas, dependendo da vertente da Umbanda a ser trabalhada.Um exemplo disso é a concepção sobre as linhas de Umbanda de W.W. da Matta e Silva e seguida pela Ordem Iniciática do Cruzeiro Divino.

Na Umbanda branca,dita Umbanda popular, cada linha de orixá tem sete legiões, que correspondem a determinado guia espiritual. aqui temos exemplos de alguns:

  • Oxalá
    • Santa Catarina
    • Santo Antônio
    • São Cosme e Damião
    • Santa Rita
    • Santo Expedito
    • São Fransisco de Assis
    • São Benedito
  • Iemanjá
    • Ondinas - Nanã
    • Caboclas do Mar - Indaiá
    • Caboclas do Rio - Iara
    • Marinheiros - Tarimã
    • Calungas - Calunguinha
    • Sereias - Oxum
    • Estrela Guia - Maria Madalena
  • Povo do Oriente
    • Hindus - Zartu
    • Médicos e Cientistas - José de Arimatéia
    • Árabes e Marroquinos - Gimbaraí (ou Jimbaruê)
    • Japoneses, Chineses, Mongóis e Esquimós - Ori do Oriente
    • Egípcios, Astecas e Incas - Inhoari
    • Índios Caraíbas - Itaraici
    • Gauleses, Romanos e Povos Europeus - Marcos I

(qualquer povo que não esteja fundamentado na Umbanda pode se apresentar aqui, exemplo espíritos que viveram em Cuba, EUA, etc.. , e alguns que geralmente se apresentam como ciganos).

  • Xangô
    • Iansã
    • Caboclo do Sol e da Lua
    • Caboclo da Pedra Branca
    • Caboclo do Vento
    • Caboclo das Cachoeiras
    • Caboclo Treme-Terra
    • Pretos Guinguelê (ou Quenguelê)
  • Ogum
    • Praias - Ogum Beira-Mar
    • Matas - Ogum Rompe-Mata
    • Rios - Ogum Iara
    • Das almas - Ogum Megê
    • Encruzilhadas - Ogum Naruê
    • Malei - Ogum Malei
    • Povo de Ganga - Ogum Nagô
  • Povo Africano (Pretos-Velhos)
    • Povo da Costa - Pai Cabinda
    • Povo de Congo - Rei Congo
    • Povo de Angola - Pai José
    • Povo de Benguela - Pai Benguela
    • Povo de Moçambique - Pai Jerônimo
    • Povo de Luanda - Pai Francisco
    • Povo de Guiné - Zum-Guiné